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O projeto “Aulas de Música em Anadia”. Alguns Pressupostos Metodológicos e Pedagógicos.


“Aulas de Música em Anadia” emana de um percurso académico e pedagógico iniciado há mais de 20 anos.

A partilha de experiências diversificadas que abrangeram públicos e realidades tão distintas como a Educação de Infância, o trabalho com crianças no contexto das IPSS e do Ensino Básico e a docência no Ensino Superior foi possibilitando a construção contínua de um corpo teórico e metodológico que hoje nos permite laborar numa plataforma perfeitamente fundamentada.

Resultando de uma perspetiva reflexiva e prospetiva, logo, aberta à inclusão constante de novas abordagens, o trabalho que hoje se apresenta na área da Expressão e Educação Musical nas Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, nos Jardins-de-Infância e nas aulas de Bateria, Prática de Teclado e de Flauta de Bisel tem presente a natureza e a evolução da aprendizagem musical.

Na caminhada que temos vindo a protagonizar consideramos que a caracterização das crianças e jovens ao nível do seu desenvolvimento global e do seu desenvolvimento musical são de uma importância fulcral. Sobre esta temática refletimos num texto a 20 de abril de 2015.

Pensamos ser legítimo o entendimento de que o nosso contributo, aliado ao de centenas de professores e estudantes da área da Educação Musical, concorreu para que hoje em Portugal seja pacífico projetar-se uma Educação Musical ao alcance de todos.

Trabalhamos com base nas nossas vivências mas nunca deixaremos de as confrontar com as metodologias que sapientemente foram connosco partilhadas. Nomes como Jaques Dalcroze, Edgar Willems, Maurice Martenot, Zoltán Kodaly, Carl Orff, Edwin Gordon e muitos outros mais contemporâneos muito contribuíram para que a música estivesse presente na formação integral das crianças e jovens de hoje. Respeitar estes nomes não nos impede de exercer uma crítica construtiva e que contribua para uma melhor adaptação das suas metodologias aos dias de hoje.

“Aulas de Música em Anadia” é um projeto que assenta essencialmente na simbiose entre duas correntes: “Música na Educação” e “Educação Pela Música”.

Bruno Amaral 2017

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